Respostas da entomofauna aquática em relação às características do substrato e aos impactos do uso antrópico recreativo em um ambiente lótico

Hannah Martins dos Santos Universidade Federal de Rondonópolis, Rondonópolis, Mato Grosso, Brasil 
Lucas Silveira Lecci UNIC Educacional, Cuiabá, MT, Brasilhttps://orcid.org/0000-0002-3682-5499   
Rodrigo Aranda Universidade Federal de Rondonópolis, Rondonópolis, Mato Grosso, Brasilhttps://orcid.org/0000-0002-4392-6423

DOI: https://doi.org/10.12741/2675-9276.v4.e065 

Resumo

Este trabalho tem como objetivo verificar a resposta da comunidade de insetos aquáticos em relação à intensidade do uso recreativo humano, além da composição em diferentes mesohabitats presentes no curso d’água. As amostras foram coletadas em um córrego em diferentes microhabitats em áreas classificadas pelo uso dos visitantes (Baixo, Médio e Intenso) e diferenciadas em quatro mesohabitats (areia, cachoeira, folha e pedra). Um total de 952 indivíduos distribuídos em nove ordens e 14 famílias foram coletados. A ordem mais abundante foi Diptera (431, 45,27%), seguida de Ephemeroptera (366, 38,45%). A família mais abundante foi Baetidae (325, 34,14%), seguida de Chironomidae (237, 24,89%), Simuliidae (94, 9,87%), Ceratopogonidae (77, 8,08%) e Hydropsychidae (56, 6,09%). Em relação ao uso humano, houve uma diferença significativa na composição da fauna. Na área com uso intenso, houve uma predominância de Chironomidae e Hydroptilidae, enquanto na área de baixo uso, Perlidae foi mais frequente. O substrato de pedra apresentou o maior número de táxons. Observamos uma tendência para a composição da comunidade diferir entre mesohabitats. As necessidades específicas de cada grupo biológico refletem a ocupação do habitat, apresentando diferentes números de indivíduos. Podemos verificar que a intensidade do uso das cachoeiras afeta diretamente a comunidade de insetos aquáticos, seja por perturbação e destruição de microhabitats específicos das espécies ou pelo deslocamento de indivíduos ao longo do curso d’água.

Palavras-chave:  Bioindicadores, Cachoeira, Riacho

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